sexta-feira, 22 de maio de 2009



UNIDADE 3

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS ,PARTE 2



A discussão sobre a terminologia a ser empregada para denominar os alunos com necessidades educacionais especiais é importante e perpassa os documentos legais que tratam do assunto.É importante porque facilitará o trabalho para a inclusão desses alunos,auxiliando no direcionamento comum de esforços ao se definir quem realmente precisa de atendimento especializado.
Outra atitude valiosa é o estudo de como e de quais modificações e/ou ajustes é passível o currículo escolar para melhorar a educação especial.
A bem da verdade a educação especial está presente nas políticas públicas relacionadas á educação,mas de fato ainda está longe de ser algo concreto.Conheço escolas que inclusive tem cadeirantes e não tem ainda acesso para eles.A verba que é repassada a uma dessas escolas é de trezentos reais (segundo a diretora) e mal dá para a merenda.Os professores precisam compreender que a preparação para melhorar a inclusão dos alunos com necessidades especiais parte deles (de nós) mesmos e não está mais restrita á algum profissional específico ou mais “qualificado” para a função.
O acesso sob forma de matrícula está garantido e acontece realmente,o que ainda falta é melhor preparo das escolas para proporcionar aos alunos com necessidades educacionais especiais que se sintam inseridos,participantes e possam desenvolver plenamente suas capacidades.
A verba que vem do governo federal, por exemplo,na minha escola é utilizada para projetos que visam a maior aprovação e também a permanência dos alunos em turno integral na escola.Enquanto isso as salas de aula regulares vão dia após dia sofrendo com a pressão em que convivem alunos e professores.Os alunos por serem evidentemente excluídos,quer no trato, quer no aprendizado e os professores por não terem apoio nem condições de trabalharem para incluir os alunos com necessidades.Assim cotidianamente vivem uma rotina de inadequação e insatisfação,pois não tem condições para vivenciar o contrário.
Mas como destinar uma verba maior ou específica porcentagem desta para a melhoria das condições de permanência se não existem dados que comprovem o número expressivo de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas,pois não é feito um levantamento das matrículas desses alunos.Aqui volto ao tema inicial,a discussão acerca de quem pode ser considerado como aluno com necessidades educacionais especiais,no que as escolas ainda não o fazem,talvez por ser algo que cause polêmica e que não esteja bem definido,já que as próprias leis e documentos sobre a educação especial ainda usem termos diferentes ou sem uma adequada definição.
Penso que a escola que está adequada para ser inclusiva precisa ter como objetivo justamente a não exclusão,a não valorização das limitações mas sim a valorização das potencialidades,de forma a promover uma convivência solidária e que promova crescimento de todos os alunos.
Assim também,as salas de recursos devem funcionar em turno inverso ao da turma regular para que os alunos que a freqüentarem possam participar das duas.
Na minha escola por exemplo,devido ao número pequeno de alunos considerados com necessidades educacionais especiais,a professora da sala recebe alunos de outra escola estadual próxima.Aqui entra a questão novamente da nomenclatura,porque temos tão poucos alunos na SIR de nossa escola se os professores afirmam terem bem mais nas salas regulares.Quem pode ser considerado com necessidades especiais,e que necessidades são essas.Um dos documentos apresentado para leitura usa o termo deficiência para tratar das possíveis necessidades apresentáveis pelos alunos ( surdez,mental,cegueira,etc).Penso que falta tratarmos aqui dos alunos que tem necessidades educacionais especiais devido à diversos tipos de violências que sofrem,às condições de vida,entre outras.Afinal a aprendizagem é uma construção que envolve o sujeito e o meio,não depende só de estar em condições consideradas “normais” ou sem “deficiências” para achar que se pode promover aprendizado sem levar em consideração esses fatores.

“Atendimento educacional especializado são serviços prestados pela educação especial para atender às necessidades especiais de alunos.”

Um comentário:

  1. Bom dia Simone,
    Muito bom este texto, acho importante indicares a fonte para que teus leitores possam aprofundar a pesquisa e também possamos identificar teu texto. Verifico uma melhora significativa em teu trabalho. Continue assim. Lembro que nesta interdisciplina estamos adotando a terminologia da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
    Um abraço,
    Daniela

    ResponderExcluir